quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Fundador do Greenpeace defende usinas nucleares


Em uma longa palestra embasada em estudos, gráficos e muita ironia, o polêmico ambientalista canadense Patrick Moore fez,no Rio, uma apaixonada defesa da expansão das usinas de energia nuclear em todo o mundo, para reduzir a queima de combustíveis fósseis e o consequente impacto sobre o aquecimento global.////Moore usou o próprio passado de 15 anos de luta contra as usinas nucleares, em ações ousadas, que marcaram o nascimento do grupo ambientalista Greenpeace e duas frases para justificar sua mudança de opinião.///Segundo o ambientalista, se ele e seus companheiros não tivessem perseguido tanto as usinas nucleares, hoje o mundo estaria queimando menos carvão e óleos fósseis para produzir energia.////Patrick Moore disse ainda que é muito fácil ser contrário às usinas nucleares, às hidrelétricas e todas os modelos de geração de energia convencionais, quando se chega em casa, apaga a luz e dorme.///Ele lembrou que os ambientalistas não podem dar as costas a populações inteiras que não têm acesso à energia elétrica e, por isso, amargam também parcos índices de alfabetização e acesso até à refrigeração de alimentos.///Patrick Moore foi tão radical em sua defesa às usinas nucleares, que chegou a afirmar em palestra no Congresso Brasileiro de Energia, que hoje moraria em uma usina nuclear.////Ele argumentou que as novas tecnologias garantem usinas sem risco e que, na França, por exemplo, mais da metade das usinas nucleares já utilizam rejeitos reciclados na produção de energia elétrica.///Sobre os projetos nucleares brasileiro, o ambientalista canadense disse que o país já está na rota certa, com um mix diversificado na geração de energia e que deve ampliar ainda mais os projetos nucleares e de pequenas hidrelétricas, como fontes de energia renováveis.

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